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Cuidado Nutricional: Diabetes Mellitus

Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica multifatorial, em que o organismo apresenta deficiência na utilização (DM tipo 2) ou síntese de insulina (DM tipo 1). Quase a totalidade das pessoas com diabetes, cerca de 90%, convivem com o tipo 2; já 5 a 10% com o tipo 1 (1).

Ainda existem outros tipos, menos comum, como Diabetes Latente Autoimune do Adulto (LADA) em que indivíduos “migram” do tipo 2 para 1; e o Diabetes Gestacional, no qual há alteração na utilização da insulina e captação da glicose por mudanças hormonais decorrentes da gestação (2).

pré-diabetes é uma condição em que o resultado da glicemia em jejum, ou capilar, está acima do nível esperado, mas não há sinais ou sintomas suficientes para fechar um diagnóstico de Diabetes Tipo 2. Deve ser encarado como um sinal de atenção e oportunidade de mudar fatores que possam estar contribuindo para tal condição.

A resistência à insulina é um dos sintomas presente no diabetes, mas que também pode ser comum em outras condições de saúde. Confira mais informações em: https://blog.allivici.com/index.php/2023/07/18/cuidado-nutricional-resistencia-a-insulina/

Pontos de atenção na prescrição dietética

  • Macronutrientes: carboidratos não precisam ser restringidos, o consumo deve ser adequado às necessidades nutricionais individuais. Também deve haver muita atenção ao consumo de gorduras e ao perfil de ácidos graxos consumidos; 
  • Uso de edulcorantes: em possibilidade de acesso e compra de produtos mais naturais, como estévia, fica a sugestão de orientar o consumo desses adoçantes, podendo acontecer em substituição dos comumente utilizados;
  • Orientar o consumo de açúcar de mesa: dependendo da intensidade do quadro clínico, do nível de educação nutricional, assim como do controle no consumo de carboidratos, não se faz necessário a substituição do açúcar por edulcorantes, a estratégia de contagem de carboidratos pode ser aplicada, por exemplo; 
  • Micronutrientes: uma atenção especial deve ser voltada para o ácido fólico e a vitamina B12, quando há o uso de metformina. Também é importante monitorar o consumo alimentar, e níveis plasmáticos, de zinco, magnésio e vitamina D. A suplementação só é indicada em casos de deficiência nutricional.
  • Suplementação: vitamina D, canela, nicotinamida, gengibre, feno-grego e picolinato de cromo são os principais citados e estudados pela literatura científica. No entanto, ainda há discussões sobre a efetividade de cada um a depender da dosagem utilizada e a viabilidade da suplementação (3).

É importante que o profissional também considere o quanto a condição atual do paciente impacta em seu cotidiano e momentos de lazer.

Por exemplo, o paciente pode aprender a aproveitar com segurança uma festa de aniversário, ou um almoço de família com a contagem de carboidratos. Entender qual a dosagem adequada de insulina em cada situação possibilita mais qualidade de vida ao paciente com DM1. 

A prática de atividade física também é outro exemplo, pois interfere nos níveis de glicemia e consequentemente na quantidade de carboidratos que precisa ser ingerida, além da dosagem de insulina a ser aplicada. 

O acompanhamento de uma equipe multiprofissional faz muita diferença no tratamento de doenças crônicas, principalmente para a aplicação de estratégias alinhadas, ampliando as possibilidades de melhora dos sintomas.

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