Na próxima terça-feira (21/09) é o Dia Mundial do Alzheimer. Cada vez mais, novos estudos têm surgido trazendo associações entre fatores dietéticos e diversas condições de saúde, como nas doenças neurodegenerativas.
No entanto, o que de fato temos de evidência sobre esse assunto? Trouxemos a adaptação e tradução de uma revisão sistemática de meta-análises que avaliou justamente isso.
Introdução
Doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, têm ganhado importante espaço para pesquisa e desenvolvimento de políticas públicas, principalmente devido ao aumento da expectativa de vida.
Fatores ambientais e de estilo de vida, como a alimentação, aparentam exercer um papel preventivo para tais doenças. No entanto, o nível de evidência e qualidade das mesmas ainda precisam ser esclarecidos.
Metodologia
A presente revisão seguiu as normas PRISMA, apenas meta-análises foram incluídas.
Resultados e Discussão
Após as buscas, 320 publicações foram identificadas, mas dessas, apenas 20 foram selecionadas para compor essa revisão. Todas foram publicadas entre 2012 e 2018.
A qualidade das intervenções realizadas foram classificadas em diferentes níveis – ‘muito baixo’, ‘baixo’, ‘moderado’ e ‘alto’. Não foram encontradas intervenções com alto nível para a qualidade de evidência.
Você pode acessar aos resultados encontrados e a qualidade de evidência de cada um para a doença de Alzheimer clicando aqui.
Associações inversas, entre Alzheimer e fatores dietéticos, foram encontradas para o consumo alimentar da Dieta Mediterrânea e de peixe; ambas com nível moderado para a qualidade de evidência. Porém, a relação dose-resposta de ambos foi identificada com qualidade de evidência de baixo nível.
Conclusão
As associações encontradas apresentaram nível moderado de evidência, e todos os estudos apresentaram alto nível de viés, principalmente devido à heterogeneidade metodológica.
É importante que, para melhor compreensão, mais pesquisas sejam realizadas avaliando a associação entre fatores dietéticos e o desenvolvimento e prevenção de doenças neurodegenerativas.
Para acesso ao artigo na íntegra acesse esse link 🙂
Boa leitura, até mais!