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Dia Nacional do Cacau

Apesar do cacau ser muito conhecido por conta do chocolate, poucas pessoas conhecem sobre a produção e benefícios nutricionais desse fruto. Pensando em 26 de março, Dia Nacional do Cacau, elaboramos um resumo do que o nutricionista precisa saber para orientar o consumo do cacau ou o chocolate.

O estado brasileiro da Bahia é um grande produtor de cacau, mas a produção tem ganhado destaque em outros locais, como no Ceará. Ter um dia no calendário nacional demonstra a relevância desse fruto para o país, além de estimular ações públicas para o desenvolvimento de um plantio cada vez mais sustentável (1).

O alimento derivado do cacau mais comumente consumido é o chocolate. Quanto maior for o teor de cacau do chocolate, mais benefícios nutricionais podem ser observados. No entanto, a qualidade do chocolate amargo irá depender do próprio fruto/amêndoa de cacau, que apresentará diferentes níveis de compostos bioativos dependendo do plantio, safra, entre outros fatores (2).

O cacau é considerado um alimento funcional por ser rico em metilxantinas (cafeína e teobromina), além de ser fonte de polifenóis, principalmente os flavonoides. Devido ao perfil de compostos fenólicos, o próprio cacau, ou o chocolate, já foram utilizados em vários estudos, principalmente para analisar os impactos positivos na saúde cardiovascular, diabetes, envelhecimento e câncer (3).

fonte da imagem: https://doi.org/10.1016/j.fct.2021.112121

Apesar de existirem estudos que há anos avaliam os benefícios acima citados, ainda não há consenso sobre o tema. Isso acontece, em partes, por conta da falta de homogeneidade metodológica. No entanto, mesmo que a maioria dos estudos sejam inconclusivos a análise dos mesmos permanece válida!

Sugestão de artigos para aprofundar os estudos:

  • O artigo avaliou a suplementação de flavonoides do cacau na resistência à insulina e obesidade, mas não houve diferença significativa dos parâmetros avaliados em comparação com o grupo controle: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/36771271;
  • Impactos positivos foram observados no humor e na microbiota intestinal com o consumo de chocolate 85% cacau (30g/dia), em comparação com o consumo de chocolate 70% e o grupo controle: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34530112/;
  • A revisão analisou estudos realizados no período de dez anos sobre o consumo de chocolate amargo x obesidade. Os resultados foram inconsistentes, pois as intervenções foram realizadas com diferentes doses/produtos: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33266002/;
  • Houve diferença positiva, em comparação com o grupo controle, na secreção de GLP-1 e insulina devido o consumo de chocolate amargo. No entanto, o grupo controle recebeu apenas água, fator considerado como limitação importante para os resultados: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33545542/;
  • Apesar dos resultados inconclusivos, a revisão sistemática indicou que o cacau exerce um papel importante nos caminhos metabólicos envolvidos com estresse oxidativo: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31987247/;
  • O estudo foi realizado em mulheres durante a menopausa que avaliou o impacto do consumo de chocolate amargo na qualidade de sono e depressão; já o grupo controle recebeu chocolate ao leite na intervenção: https://pmc.ncbi.nlm.nih.gov/articles/pmid/39397049/;

Até mais!

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